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MICRO EMPREENDEDOR INDIIVIDUAL-MEI
O BRASIL É O PRIMEIRO EM RANKING DE EMPREENDEDORISMO
Três em cada dez brasileiros adultos entre 18 e 64 anos possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Em dez anos, a taxa total de empreendedores no Brasil aumentou de 23% em 2004, para 34,5% em 2014. Metade desses empreendedores abriu seus negócios há menos de três anos e meio.
Os dados são da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). O levantamento mundial sobre o empreendedorismo é fruto da parceria entre a London Business Achool e o Babson College.
Começou em 1999 com dez países, mas desde então, quase 100 países se associaram ao projeto. Em 2014 a pesquisa atingiu 75% da população global e 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, foram entrevistadas 10 mil pessoas de 18 a 64 anos das cinco regiões do País. O Estado obteve as conclusões da pesquisa com exclusividade.
Na comparação mundial, o Brasil se destaca com a maior taxa de empreendedorismo, quase 8 pontos porcentuais à frente da China,o segundo colocado, com taxa de 26%. O número de empreendedores entre a população adulta no País é também superior ao dos Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%), e França (8,1%). Entre as economias em desenvolvimento, a taxa brasileira é superior à da India (10,2%), África do Sul (9,6%) e Rússia (8,6%).
Para o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, o recorde de empreendedores no Brasil é consequência do aumento do número de formalizações nos últimos anos e da melhoria do ambiente legal, com a criação e ampliação do Supersimples-Regime simplificado de cobrança de tributos para empresas com faturamento anual de até R4 3,6 milhões.
Por esse regime, pequenas e médias têm a cobrança de oito impostos federais,estaduais e municipais reunidas num só boleto. Para a maioria dos casos, a carga de impostos é 40% menor do que no regime tributário convencional.
Ainda de acordo com a pesquisa, ter o próprio negócio é o terceiro maior sonho do brasileiro, atrás de comprar a casa própria e viajar pelo País. O número de pessoas que almejam se tornar o seu próprio cheqfe é de 31%, praticamente o dobro das que desejam fazer carreira numa empresa (16%).
A pesquisa ainda revela que, de cada 100 brasileiros que começam um negócio próprio, 71 são motivados por uma oportunidade de negócio e não pela necessidade. Barreto diz que esse índice, que implica diretamente a qualidade do empreendedorismo, vem se mantendo estável nos últimos anos.
O empresário atual abre uma empresa porque vê uma oportunidade e investe naquela idéia. Ter uma empresa porque não se tem uma ocupação não é mais o principal fator, afirma Barreto. Há dez anos, os brasileiros abriam negócios próprios motivados pela falta de emprego.
Mais de 70% das micro e médias empresas conseguem sobreviver até contemplar o segundo ano. Não é excepcional, mas é um excelente número, avalia Barreto. "O perfil desse novo empreendedor é mais jovem, mais feminino,mais negro e mais classe C", de acordo com o presidente do Sebrae.
Mesmo com a contração da atividade do País, ele acredita ser possível o segmento da pequena empresa continuar crescendo este ano. "O segmento não é uma ilha, mas tem demonstrado força para enfrentar essas crises, pincipalmente no comércio e serviços" , afirma.
Como exemplo do vigor dos pequenos negócios, Barreto cita o crescimento de 7% da arrecadação do Supersimples em 2014, enquanto houve queda na arrecadação geral, e a geração líquida de 3,5 milhões de empregos entre 2011 e 2014, no mesmo período as grandes empresas e médias empresas tiveram saldo de 200 mil vagas fechadas. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Fonte: sitecontabil.com.br